O Fruto do Espírito

Queridas amigas, vamos juntas meditar um pouco sobre Gal. 5:22 e assim colocar em prática em nossas vidas. “O fruto do Espírito” são virtudes que só podem ser geradas pelo Espírito Santo, um homem não convertido ou até mesmo um cristão são incapazes de gerar tais valores. Temos de ter claro em nós que essas virtudes são dadivas celestiais.

Amor: este no qual se fala em Gálatas, não é o eros (paixão), o philia (amizades), ou o storge (afeição).  É o amor ágape, este é imparcial, busca o bem de todos sem medir a classe social na qual se encontra, nem tão pouco se é amigo ou inimigo. Ele é incondicional, não pede nada em troca. É sacrificial, não se importa com custo. É altruísta, sempre preocupado com as necessidades dos outros. Ele é puro, livre de qualquer traço de impaciência, inveja, orgulho, desejo de vingança ou ódio.

O amor é a maior virtude de qualquer vida cristã. Sem o amor, mesmo os nossos esforços mais nobres são inúteis.

Alegria: Jamais encontramos a felicidade verdadeira até encontrarmos o Senhor (I Pe 1:8), qualquer um consegue se alegrar quando as circunstâncias são favoráveis, mas a alegria que é fruto do Espírito não é resultado de sentimentos ou ocasiões.

O gozo pode coexistir com sofrimentos e tristezas ( Col 1:11, I Tess 1:6, Atos 5 :41), muitos cristãos ao longo do tempo receberam canções de alegria em meio às provações.

Nossa alegria aumenta conforme crescemos no conhecimento da verdade, vamos pedir a Deus júbilo em meio as pequenas irritações, indisposições crônicas ou triviais, ou até mesmo em meio as circunstâncias que jamais poderíamos imaginar sabendo que os caminhos do Senhor são perfeitos (Hab 3:17,18).

Paz: Existem alguns aspectos de paz. O primeiro que podemos analisar é a Paz com Deus que obtemos assim que somos justificados pela fé (Rm 5:1). Também temos a paz de consciência, pois sabemos que a obra na cruz foi completa. Paz significa manter-se calmo. Este fruto do Espírito capacitou Pedro a dormir tranquilamente na prisão, Estevão a orar pelos seus assassinos e Paulo a confortar outros em um naufrágio. Que consigamos alcançar e desfrutar dessa Paz de Deus em nossos corações!

Longanimidade: É o fruto que aguenta as provações da vida de forma paciente e até mesma vitoriosa. Essa virtude vem direto de Deus, pois Ele é longânimo com toda humanidade apesar de todas as atrocidades praticadas por esta. A vontade do Senhor é que a longanimidade seja reproduzida na vida de cada uma de nós, sendo constantes e equilibradas.

Benignidade: Resulta  numa disposição gentil, bondosa e generosa, compreensiva, atenciosa e compassiva. Há uma benignidade natural que até mesmo os descrentes demonstram uns aos outros. No entanto, a benignidade gerada pelo Espírito é sobrenatural. Ela vai além daquilo que o homem natural pode fazer. Ela capacita você a emprestar sem esperar nada em troca. Capacita a mostrar hospitalidade com aqueles que não têm como retribuir. Ela o capacita a recompensar cada insulto com atenção.

Bondade: Excelência de caráter. Bondade é o contrário de maldade, o homem bom embora não seja perfeito, ele exemplifica a verdade, a justiça, a pureza (Rm 5:7). No entanto, a benevolência também é firme, ela não deixa passar nem ignora o pecado, assim sendo a bondade pode repreender, corrigir e disciplinar. Que possamos praticar aquilo que está escrito em Rm 12:21 "Não te deixes vencer do mal, mas vença o mal com o bem".

Fidelidade: Pode ser definida como ser "verdadeiro consigo mesmo, com sua natureza, com qualquer promessa  feita, com qualquer compromisso assumido".

Fidelidade significa manter a sua palavra, mesmo a um alto preço. Os mártires foram fiéis até a morte e receberão uma coroa de vida (Ap 2:10).

Mansidão: Todos fomos chamados a carregar o fardo daquele que é: "manso e  humilde  de coração". Mansidão se refere também a uma submissão carinhosa, se curvar a vontade do Senhor sem rebelar, sem questionar ou reclamar. Como um irmão certa vez disse: ”O homem manso vê os insultos e ofensas dos outros como coisas permitidas por Deus para refiná-lo e purificá-lo.”

Domínio próprio: A interpretação deste último fruto do Espírito é o autocontrole e este leva a ideia de moderação e equilíbrio em todas as áreas de nossas vidas. Através do Espírito Santo o crente pode exercitar autocontrole sobre os seus pensamentos, seu apetite por comidas ou bebidas, sua fala, seu humor, ele não precisa ser escravizado por qualquer paixão ou desejo. Domínio próprio, assim como os oito frutos do Espírito, vem do Pai das Luzes. Ele capacita a cada uma de nós a exercitar disciplina como jamais por nós mesmos poderíamos conseguir.

Queridas amigas, sei que não é fácil e quantas são às vezes que parece que falhamos, mas Aquele que começou a boa obra em nós aperfeiçoará até o dia do nosso Senhor Jesus Cristo (Fl, 1:6).

Com amor.

Meditações para que Deus fale em seu coração!