Abraão
Finalmente, a partir da rica história de Abraão, que é bem conhecida por nós, escolhemos alguns pontos que nos lembram de uma maneira diferente o que deve marcar o caminho dos crentes no mundo de hoje.
O "Deus da glória" apareceu a Abraão enquanto ele ainda vivia do outro lado do rio, onde os pais de Israel haviam servido a outros deuses. Ele lhe pediu para deixar seu país, seus parentes e a casa de seu pai (Gn 12:1; Atos 7:2; Js 24:2). Ele deveria segui-lo de agora em diante até o destino final, que o patriarca mais tarde chamou de " a cidade que tem fundamentos, da qual o artífice e construtor é Deus "Hb 11:10).
Que confiança firme no Deus vivo era necessária para deixar sua antiga morada com toda sua casa e seu rebanho de gado e sair
"sem saber para onde ele estava indo". Mas Deus lhe deu esta fé exemplar que caracterizaria sua vida.
Abraão foi chamado antes que o Senhor pudesse dar a ele e a seus descendentes a terra prometida para possuir, porque "a iniqüidade dos amorreus ainda não estava cheia". O próprio fato de ele ter permanecido um estranho em Canaã, de Deus não lhe ter dado uma herança nela, nem mesmo um pé de largura, faz dele um exemplo para nós. Nós também somos tirados do mundo atual " para nos livrar do presente século mau, segundo a vontade de Deus nosso Pai" (Gl 1:4), para entrar mais tarde em nossa herança. Mas isto não é para nós uma herança terrena que flui leite e mel, mas a indescritível glória de Deus.
Como Abraão preencheu o período de espera que Deus havia ordenado e que durou para ele toda sua vida? Pela fé ele habitou na terra - para ele a terra da promessa - " como em terra alheia, morando em cabanas com Isaque e Jacó, herdeiros com ele da mesma promessa”(Hb11:9). O patriarca percebeu seu caráter estrangeiro, embora soubesse que nada mudaria para ele e seus descendentes por séculos futuros. Ele também sabia que um dia seria enterrado aqui na tenra velhice. Apesar da tendência natural de se sentir em casa onde se está hospedado, ele permaneceu em uma tenda na qual tudo é provisório, temporário e limitado ao que é necessário. Desmontar uma tenda e seguir em frente é, portanto, prático.
Também para o povo daquele país Abraão confessou ser um estranho. Isto não foi a tribunal por causa de sua idolatria? Ele não queria estar nos portões deles, como Ló, para ter uma palavra a dizer. Ele disse aos filhos de Hete: " Estrangeiro e peregrino sou entre vós " (Gn 23:4).
Como nós, que não somos "deste mundo", mas abençoados com toda sorte de bênçãos espirituais nos lugares celestiais, mostramos nosso caráter de peregrino? Temos uma promessa melhor do que ser enterrados aqui na tenra velhice. Pertencemos à noiva do Senhor, a quem Ele deu a promessa de Seu retorno. Esta expectativa agarrar-se sem interrupção nosso coração, como uma "esperança feliz" que, segundo a Palavra de Deus, pode ser cumprida todos os dias, é o melhor meio de viver como estrangeiros neste mundo. Tão logo o cristão presume que ainda vai demorar algum tempo até que nosso Senhor venha, ele correorisco de preencher este período de acordo com suas inclinações terrenas.
Abraão também construiu um altar onde ele era um estranho. Atravéz dos sacrifíciosque ele ofereceu neste altar, ele podia ter comunhão com o "Deus da glória" e servi-lo sacerdoticamente. - Assim, agora a nós cristãos é dito em Hebreus 13:10: "Temos um altar". Ao contrário dos judeus em Jerusalém, podemos adorar em verdadeira adoração baseada no sacrifício perfeito de Cristo. É nosso grande privilégio aparecer repetidas vezes na mesa do Senhor para se envolver com o Cordeiro de Deus que se entregou na cruz por Deus e por nós. Ao fazê-lo, mergulhamos em seus sofrimentos que o tornam tão precioso para nós, e pensamos nos diferentes aspectos de seu sacrifício perfeito, cuja fragrância trazemos em adoração diante de Deus. Como a bênção de tais horas de comunhão com o Pai e o Filho, assim como uns com os outros, como expressão da unidade do Corpo de Cristo, também pode nos acompanhar através dos dias enquanto somos estrangeiros e nos lembrar que nossa casa está na glória acima!
Portanto, este homens do Antigo Testamento, através de seu fiel caminhar com Deus, através de seu testemunho aos filhos deste mundo, bem como no caráter de estrangeiros e na adoração, é exemplo inspirador para nós crentes do tempo presente. Deus em Cristo Jesus não nos deu "todas as coisas pela vida e piedade" para que pudéssemos viver nelas "com toda a diligência"?
Depósito de Literatura Cristã
Autor: Walter Gschwind [1]
Traduzido por: Lóide Bremicker