Sempre me pego cantarolando “Quantas bênçãos nos convém lembrar...” este hino foi escrito em meados do século XVIII, porém tem sido atual até os dias de hoje, alertando-nos sobre a bondade do Pai celeste para conosco.
O Salmista deixou um lembrete para nós no Sl 103:2 “Bendize, o minha alma, ao Senhor, e não te esqueça de nenhum de teus benefícios”. Podemos através de este salmo perguntar se é possível esquecer o que fez o Senhor por nós. Mas é possível...
Temos dificuldades em compreender porque Israel esqueceu tão facilmente do livramento das garras de Faraó, à travessia do mar Vermelho, o maná, as codornizes e todos os milagres que se seguiram. Mas, será que os israelitas não poderiam dizer o mesmo de nós? É possível que nós cristãos, objetos de tal amor redentor Jo 3:16, de tão grande salvação Cl 1:18 a 21, e de tamanha graça Rm 5:1,2, possamos esquecer todos esses benefícios?
O esquecimento é prova da nossa falta de reconhecimento. A ausência de gratidão é a prova de uma vida egoísta, que gira sempre em volta de si mesma. Pedimos as bênçãos de Deus, aceitamos, desfrutamos e finalmente nos acostumamos com a sua bondade.
Como vimos Israel recebia diariamente provisão Divina, porém eles se habituaram ao milagre, a partir de então começaram a desprezar e a cobiçar outras coisas. Conosco é assim também, nós temos a abundância de pão do céu, recebemos toda a sorte de bênçãos espirituais em Cristo Ef 1:3, e mesmo assim precisamos sempre de algo novo.
Achamos tempo de ler todo tipo de livros, filmes, maratonas de série e deixamos de buscar o maná fresco, passando a nutrir se do maná da véspera, não assimilamos o conteúdo do livro divino, passando de uma coisa a outra, acabamos por tornar se insensíveis a ação do Espirito Santo.
Precisamos ter isto como advertência: contar as bênçãos de Deus e dar valor a elas. Buscar na sua palavra sabedoria para as decisões difíceis, forças para os dias de desanimo e gratidão para toda e quaisquer circunstâncias.
Com amor.