A Mulher do Fluxo de Sangue
Hoje vamos meditar um pouco sobre uma mulher que não a conhecemos pelo nome, mas podemos identificar-nos com ela a cada mês, durante o nosso período menstrual. A história dessa mulher pode ser encontrada em Marcos 5:21 à 34. Tal mulher tinha um problema menstrual crônico. Um fluxo perpétuo de sangue. Imaginemo-nos um pouco em tal condição, pois a menstruação já é extremamente difícil para nós, mesmo tendo todas as facilidades de higiene, como absorventes de todos os tamanhos, toalhas de higiene, etc.
Mas, naquela época, para uma judia nada poderia ser pior. Todas as partes de sua vida eram afetadas, Levítico 15:19,20:
Sexualmente: ela não podia tocar em seu esposo.
Maternalmente: não podia ter filhos.
Em seus afazeres do lar: ela não podia lavar uma louça, nem cozinhar, pois qualquer coisa na qual ela tocasse era considerada impura.
Espiritualmente: não lhe era permitido entrar no templo.
Socialmente: ela sempre deveria ficar sozinha, sem amigas, sem cafés da tarde, totalmente solitária.
Amadas, ela não tinha mais o que fazer, estava desolada, fisicamente e emocionalmente exausta. Então, de repente, uma luz no fim do túnel lhe trouxe uma faísca de esperança.
Ela ouviu falar de um mestre que curava cegos e paralíticos, um mestre que trouxe de volta a vida aos mortos. No entanto, ela se perguntava: "como farei para achegar-me a ele? Como vou me expor diante dEle?”. Turbilhões de ideias surgiam em sua mente, até que uma aflorou de tal forma que ela não conseguia pensar em nada mais, “Se eu apenas o tocar, tenho certeza que serei curada!”. Não seria fácil, se alguém a reconhecesse tudo iria por água a baixo, porém, ela não tinha dinheiro, não tinha amigos, não tinha influência, portanto, ela não tinha saída a não ser recorrer à esperança de que somente Jesus poderia curá-la .Tão somente ela necessitava dessa oportunidade.
Podemos ler e ver que a oportunidade chegara de uma forma inexplicável.
Estando o Senhor a beira mar, rodeado por uma grande multidão, um pai angustiado aproximou-se do Senhor correndo. Era Jairo um dos principais da sinagoga, prostrado e rogando a favor de sua filhinha que estava no leito de morte, o Senhor atendeu o seu pedido, dirigindo até a sua casa.
“Uma grande multidão o seguia e o comprimia”, Marcos 5:24. Afinal, todos queriam ver milagres, como nos dias atuais, quantos não correm daqui pra lá atrás de milagres?
Chegara o momento tão esperado por essa mulher. Movendo-se cuidadosamente no meio da multidão, ela tocou na orla da veste de Jesus e, imediatamente, o sangramento parou. A mulher foi curada! O Senhor Jesus para e pergunta: “Quem me tocou?”. Tal pergunta trouxe um alvoroço entre todos que questionavam entre si, os discípulos respondem: "todos te tocam…” Mas o Senhor insiste: “Quem me tocou?”
Todos poderiam tocá-lo em meio à multidão, mas ela tão somente sentiu a cura quando o tocou. Era sobre ela, uma mulher aflita e oprimida pelos seus fardos, que Jesus estava falando. Ele a tomou para si e a curou.
A multidão abre espaço para ver quem se atreveria vir à frente se declarar. O Senhor Jesus sabia quem o tinha tocado, mas perguntou para poder trazê-la à frente de todos. Então, aparece uma mulher toda coberta e com uma postura que denunciava seu estado e sua vergonha. Sem conseguir fitá-lo, ela responde: "Fui eu, Senhor!"
Assim, o Senhor responde com sua voz mansa: "Filha, a tua fé te salvou, vai em paz e sê curada deste teu mal” Marcos 5:34. As palavras de Jesus não apenas confirmaram sua cura física, mas também, incluiu a salvação de sua alma.
Será que temos somente uma porcentagem da fé desta mulher?
É possível estarmos de uma maneira tão próxima do Senhor sem confiarmos nEle. Mas, é impossível tocá-lo pela fé, Ele não perceber e não sermos curadas por Ele, independentemente do mal que sofremos. Pensemos nisso!
Com amor .
Miriam Ometto