No Evangelho de João, capítulo 20, somos apresentados a dois momentos que mostram como Jesus, em Sua ressurreição, cuidou de Seus discípulos de maneira singular.
O primeiro é o encontro com Maria Madalena no jardim, quando ela chorava inconsolavelmente, pensando que tinham levado o corpo de Jesus. Maria estava completamente devastada. E quantas vezes eu já me senti assim, como se a ausência de Deus fosse insuportável, como se as dificuldades fossem grandes demais para suportar? Assim como Maria, eu também já chorei buscando uma resposta, sem perceber que Ele estava bem ali, ao meu lado.
O momento em que Jesus chama Maria pelo nome — “Maria!” — é tão poderoso. Isso me faz lembrar que Deus me conhece, sabe quem eu sou e entende cada lágrima que derramo. Ele não apenas vê a multidão, mas enxerga cada um de nós de forma individual. É reconfortante saber que Ele se importa comigo desse jeito.
Outro momento que me marcou foi o encontro de Jesus com Tomé. Como ele, eu também já duvidei. Já tive momentos em que, mesmo sabendo da verdade, senti dificuldades em acreditar plenamente. O Senhor, porém, não rejeitou Tomé por sua incredulidade. Pelo contrário, apareceu novamente e respondeu exatamente às necessidades dele, dizendo: “Toque-Me, veja as marcas.”
Isso me ensina que Deus entende nossas dúvidas e fragilidades. Ele não nos trata com impaciência ou julgamento, mas com amor e cuidado. Isso me desafia a ser mais paciente e compreensivo com os outros também. Afinal, todos nós temos momentos de fraqueza — somos, de certa forma, “gêmeos de Tomé”.
Essas passagens me mostram que, mesmo quando estou inseguro ou perdido, o Senhor não me abandona. Ele continua me chamando pelo nome, revelando-Se em momentos inesperados, como o Bom Pastor que guia Suas ovelhas.
Essa mensagem também me lembra da importância de estarmos juntos como Corpo de Cristo. Assim como os discípulos acolheram Tomé, eu quero ser alguém que encoraja e cuida dos que estão ao meu redor, especialmente quando vejo alguém afastado ou passando por dúvidas.
Por fim, o que mais me conforta é saber que o amor e o cuidado de Deus por mim não dependem do que eu faço, mas do que Ele é. Isso me dá segurança e me fortalece para continuar, mesmo nos dias mais difíceis.
Espero que essa reflexão inspire você também. Que possamos sempre lembrar que Deus nos vê, nos conhece pelo nome e cuida de nós de forma perfeita.
Com carinho,
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