Quando pequenos, tanto meninos, quanto meninas têm o seu tempo de brincar de casinha de papai e mamãe, o espelho do lar reflete aquilo que nossos filhos almejaram para o futuro, atualmente vivemos uma realidade cruel quanto os princípios familiares, no entanto, não podemos deixar de entender o propósito de Deus para a Família.
Em Gênesis, após Deus ter criado os céus, a terra, os animais, as aves, Ele criou o ápice de sua obra: o Ser Humano, homem e mulher. Leia o capítulo 1:26, 27 na sua Bíblia e grife a descrição de Deus quanto as responsabilidades de sua criação, já no versículo 28, vemos Deus entregando ao Homem e a Mulher a chave deste novo mundo, a incumbência cabia aos dois executar como um casal.
Em Gênesis 2, vemos de uma maneira detalhada a criação do homem e da mulher, leia os versículos 7, 8 e 18 a 20, aqui vemos como o Senhor Deus criou o homem, este podendo dar nome a todos os animais que havia, macho e fêmea, então Deus vê a necessidade de uma auxiliadora, que estaria ao seu lado, ajudando naquilo que o homem necessitasse de auxílio. A partir do versículo 21 a 24, vemos a forma que Deus criou esta contra-parte para o Homem e então daquele dado momento o homem uniu-se (apegou-se) a sua mulher.
Quando a Bíblia usa a palavra auxiliadora, há um contexto divino para ela. Quando a palavra é introduzida pela primeira vez em Gênesis 2.18 — “Disse mais o SENHOR Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea” — ela é a mesma palavra hebraica (‘ezer’) que é usada mais frequentemente para se referir a Deus ao longo do Velho Testamento. Se Deus, que é obviamente e infinitamente superior a nós, refere a si mesmo, sem embaraços, como o nosso auxiliador, então deveríamos nos orgulhar de usar o mesmo termo.
Vemos então, que Adão e Eva foram criados para ter um relacionamento pleno entre si e com Deus, este relacionamento entre si era para ser pleno e permanente, tornando-se uma só carne. Tragicamente os dois fizeram escolhas que os distanciaram de Deus e de si mesmos, acarretando trágicas consequências.
À terra foi amaldiçoada devido ao homem, por seu pecado.
Agora que temos um pouco de conhecimento sobre o primeiro casal, vamos continuar vendo o que as escrituras falam sobre as responsabilidades do homem tanto quanto da mulher, e como podemos através de nossos matrimônios demonstrar ao mundo que cremos no eterno propósito do Pai.
Os papéis tradicionalmente desempenhados por homens e mulheres tem sido questionados na atualidade, vivemos um estímulo de competição entre os indivíduos, de modo a serem bem sucedidos, uma sociedade que privilegia a aparência e a posição social em detrimento dos relacionamentos. Se queremos ter um casamento que realmente funciona, precisamos honrar a Deus e aceitar as diferenças destinadas por Ele a cada um dos cônjuges. Temos várias passagens no Novo Testamentos que nos auxilia nesta caminhada, na forma com que vivemos. Todos nós somos chamados a viver nossas vidas em submissão a Cristo. Devemos cultivar sabedoria baseada no entendimento do que é a vontade do Senhor. Na área do casamento, precisamos conhecer sua vontade em relação a essa união e os papéis dentro dela. É a autoridade de Cristo que domina sobre cada um de nós, e, no casamento, ambas as partes são submissas a Ele. Mas há uma maneira distinta na qual reconhecemos a autoridade de Cristo na posição de marido ou esposa.
Em Efésios 5:22 a 33, Deus diz aos esposos para amarem suas esposas, “Como Cristo amou sua Igreja”, a palavra empregada aqui como amor, esta no tempo presente, indicando uma ação habitual e contínua. O Marido deve prover alimento e cuidado para sua esposa. O plano de Deus para o casamento envolve um marido que ame sua esposa da mesma forma que Cristo amou sua Igreja, incondicionalmente.
No começo do nosso estudo vimos que a mulher foi criada por Deus, feita a sua imagem, ainda que com características físicas distinta do homem. A mulher foi criada do homem e para o homem e Deus lhe deu um papel de alto valor que é completar e não competir com ele. A submissão se refere ao chamado divino da esposa de honrar e afirmar a liderança de seu esposo e de ajudá-lo a liderar de acordo com seus dons. Ela não é uma rendição absoluta da própria vontade. Antes, estamos falando da sua disposição de render-se à orientação de seu marido e da sua inclinação de seguir a liderança dele. Cristo é a autoridade absoluta dela, não o esposo. Ela se submete “no temor de Cristo” (Ef 5.21). A autoridade suprema de Cristo qualifica a autoridade do seu esposo. Ela ainda pode ter um espírito de submissão — uma disposição de se render. Que privilégio as mulheres têm de testemunhar ao mundo o caráter de Cristo na sua vida, demonstrando respeito aos seus maridos, cumprindo de maneira efetiva o seu papel de completar, de auxiliar e de corresponder. Já que temos um pouco de conhecimento quanto a vida a dois, devemos colocar em prática algo que fazíamos muito na época do namoro: conversar, dialogar.
Temos que ter consciência que todo relacionamento conjugal apresenta pontos de acordo e desacordo, poder dialogar sobre isso de uma forma saudável é um presente, saber ouvir com interesse e falar com afeto é somente para aqueles que estão realmente dispostos a fazer que o relacionamento dê certo. Temos implantado através da mídia dentro de nós, que se não está dando certo, temos a liberdade do divórcio, isso jamais deve ser cogitado dentro de nossos corações, {há casos que a única opção é recorrermos ao desligamento do casal}, no entanto , aqui estamos tratando de uma forma de fazer dar certo, e por isso, vamos ter um pouco de ciência do que a Bíblia fala sobre este assunto também. Ela não somente enfatiza a permanência do casamento como uma instituição divina ao invés de meramente humana, como também argumenta que o divórcio está fundamentalmente em desacordo com o propósito de Deus na criação. Além disso, a aplicação de Jesus do mesmo padrão com relação ao divórcio e ao novo casamento tanto para homens quanto para mulheres, veja especialmente Marcos10:11, é nada menos que revolucionária, apesar dos regulamentos na lei mosaica que estipulavam igual tratamento de homens e mulheres com relação ao divórcio, Levítico 20:10 a 12. Nos ensinamentos de Jesus, no entanto, os direitos conjugais foram colocados em igual condição. De fato, Jesus ensinou que a cobiça por outras mulheres no coração de um homem já constituía adultério (Mt 5.28), o que implica que os casos extraconjugais eram igualmente errados para homens e mulheres. Agora que já entendemos um pouco sobre a vida a dois, podemos dizer que há possibilidade de termos um casamento conforme a vontade de Deus. Sim, é possível, é necessário esforço consciente, persistente e oração, lembrando que nem tudo acontece muito rapidamente, e, se cremos que Deus nos criou, nos conhece e nos capacitou a cumprir com cada papel intitulado por Ele, com Ele vamos tirar de letras as intempéries do casamento.
Um adendo, existem inúmeros livros de irmãos ou irmãs que podem te auxiliar nesta nova caminhada a dois, vou indicar alguns caso queiram trabalhar de uma maneira mais profunda a dádiva do casamento.
Com amor.
Miriam Ometto
- Deus, casamento e família - Andreas Kösteberger.
- As cinco linguagens do Amor para casais - Gary Chapman.
- As regras de ouro dos casais saudáveis - Augusto Cury.
- Em defesa do casamento - Dr James Dobson.
- Amor para toda vida - Dr James Dobson.
- A família segundo o propósito de Deus - Harm Wilts - Editora DLC
- O Ato Conjugal - Tim e Beverly LaHaye
- Sexo & Intimidade - Ed Wheat e Gaye Wheat