Quando estou no Vale.

Quando estou no Vale.

Ainda que eu andasse pelo vale… Sl 23:4   

Leva-me para a rocha... Sl 61:2.

 

É natural que a maioria das pessoas, inclusive eu e você, não queiram passar pelo vale. Ao nos depararmos com um vale, somos tomados pelo medo e tremor, os vales estão sujeitos a inundações súbitas - que destroem tudo que há pelo caminho, deslizamento de pedras, lamas, avalanches de neves e muitos outros desastres naturais, o fundo do vale é escuro, pois o sol só aparece algumas horas por dia.

E apesar de todas essas ameaças, o Pastor sabe que atravessar o vale ainda é o melhor caminho para alcançarmos um terreno mais elevado (Ef 3:2), Deus pode usar esses vales para nos ensinar a caminhar em dias de sofrimentos e escuridão.

Eu sei o quanto é difícil. No meio da escuridão não conseguimos nem sequer enxergar o Pastor, esquecemos da luz que nos fazia ver os pastos verdejantes, o riacho de águas tranquilas. Porém, quando chega perto de meio dia, começa a raiar uma luz quase imperceptível, tímida, é o sol que começa adentrar entre as frestas das montanhas e traz a luz onde só havia trevas. Vemos, que o “Sol da Justiça” (Ml.4: 2 e Sl 84:11), traz novamente esperança, pois levantamos os nossos olhos e começamos almejar aquela rocha mais alta.

Então um grito sai de nossos corações, “Leva-me a rocha que é alta demais para mim” (Sl 61: 2). Quem é esse rochedo? Cristo é o nosso rochedo, é Ele quem nos segue (l Cor 10: 4, Dt 32: 18, II Sm 22: 2, 47). Ele pode nos tirar deste atoleiro e firmar nossos pés sobre a rocha, onde obtemos a Misericórdia e alcançamos a Graça.

Nestes dois salmos, vemos a pessoa de Nosso Senhor Jesus Cristo em todos os momentos de nossas vidas, adentrando o vale, como Pastor., como Sol, quando estamos prestes a perder as esperanças e como Rocha, que é o nosso Porto seguro, o lugar de descanso de nossas almas.

Que a paz que excede todo entendimento, reine em nossas vidas, nas tempestades ou bonança. E que possamos aprender a meditar e absorver a essência que há em cada versículo.

 

Com amor,

Miriam