Gostaria de compartilhar um fato que aconteceu comigo.
Na correria da vida muitas das vezes nos passam despercebidas coisas que ocorrem em nosso entorno. As horas são demasiadamente curtas em nossos dias. Neste dia em particular, ia fazer exames de rotina e tinha somente trinta minutos para não perder as 12 horas de jejum, que mais pareciam 36 horas — risos. Na calçada em que caminhava me deparei com uma mulher chorando ao telefone, pensei: “Paro ou não paro? Parei e disse: nem todos os problemas de nossas vidas significam o fim”, e então disse sobre a Pessoa do Senhor Jesus, se ela conhecia, e ela respondeu que sim, conversamos e logo corri para os meus exames laboratoriais, e ela seguiu seu caminho.
Então, isso me fez refletir, que, para levarmos conforto para este mundo terrível, onde as coisas realmente acontecem para com as pessoas boas, ajuda ter vivido a experiência de ser confortada por Deus.
Espero que tanto você assim como eu, já tenha passado pela experiência de ser consolada, curada, confortada e socorrida de alguma forma em seu caminhar. Paulo nos escreveu “…bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias e o Deus de toda a consolação; Que nos consola em toda a nossa tribulação, para que também possamos consolar os que estiverem em alguma tribulação”… (2Co 1:3-7).
Quando estamos passando por momentos difíceis, não conseguimos pensar que este sofrimento servirá de consolo para alguém que passará por nosso caminho, no entanto, vamos novamente ler estes versículos acima. Leu? Então, se permitirmos, a dor nos tornará mais conscientes das necessidades dos outros. Ao invés de focarmos apenas em nossos próprios problemas e desespero, aprenderemos com Paulo, que expõe suas próprias dificuldades, pressões e desespero, mostrando-nos que havia sempre um desígnio duplo por trás de tudo isso.
Ele e seus companheiros aprenderam a depender não deles próprios, mas sim de Deus, “que ressuscita os mortos; O qual nos livrou de tão grande morte, e livra; em quem esperamos que também nos livrará ainda”… (v. 9–10). Além do depender, eles criam nas orações dos Santos em favor deles (v. 11); amadas, que lição para nós sabermos que devemos orar constantemente por nossas irmãs que estão passando por enfermidades, perdas e lutos, tribulações. As nossas orações chegam como aroma suave diante de nosso Pai quando suplicamos pela vida de nossos irmãos na fé, eles serão banhados por nossas orações, aquecidos, fortalecidos e encorajados. Em 2 Cor 7:6: “Deus, porém, que consola os abatidos, consolou-nos”... Deus usa seus servos e servas para nos consolar, como vimos por orações, Sl 40:1-3; através de Sua Palavra, Sl 119:25 e por outras pessoas. Olhe em sua volta, nas necessidades daqueles que Deus coloca em seu caminho (muitas das vezes uma irmã com filhos pequenos que não tem tido tempo nem para um banho relaxante, uma idosa sem companhia para uma xícara de café, uma adolescente necessitando de uma jovem mais velha para compartilhar suas aflições ou simplesmente para ter um referencial, uma sopa para um enfermo), e então como Tito foi na vida de Paulo, você será na vida daquela irmã ou irmão necessitado.
Que sejamos conscientes das pessoas ao nosso redor que necessitam de conforto, e que da mesma forma que Deus tem nos consolado em meio aos nossos sofrimentos, somos chamadas a sermos Seus instrumentos de consolação e conforto.
Com amor,
Miriam Ometto