Estamos nos aproximando da Páscoa, e eu, particularmente, gosto de ler e meditar um pouco na morte e ressureição de Cristo. Ontem, quando eu estava lendo Mateus 26, deparei-me com o versículo 21 e 22, e, de repente, como um estalo, coloquei-me na situação dos discípulos quando o Senhor fez a declaração chocante que um deles o trairia. Naquele momento, eles ficaram abalados, com pesar e desconfiança de si mesmos, então, começaram a perguntar: “Sou eu, Senhor?” Queriam saber, no entanto, atreveram-se somente a perguntar : “Sou eu, Senhor?
Eles poderiam ficar em seus assentos apontando aos demais com dedos acusadores os defeitos de cada um, pois eles sabiam como cada um era, afinal, eles conviveram três anos juntos. Entretanto, em lugar de especular, eles examinaram a si mesmos. Que exemplo para nós! Será que estamos dispostas a dizer como os discípulos? Ou seremos como Adão, que no jardim disse: “ Foi a mulher que me deste…”? Nós estamos revestidos de uma nova vida ou ainda andamos como um homem caído?
Nossa tendência natural é culpar as circunstâncias ou as demais pessoas, todavia, a única maneira de recebermos o perdão do Senhor é quando deixamos as nossas desculpas e assumimos o nosso erro como fez Davi diante do profeta Natã: “Pequei contra o Senhor…” 2 Samuel 12:13. O fato de sermos responsáveis por nossos atos muitas vezes nos coloca em situações difíceis, porém, essa é a única maneira de obtermos uma maturidade pessoal e espiritual.
Amadas, vamos pedir ao Senhor que não percamos a perspectiva correta da palavra e nem nos tornemos obcecadas com as nossas próprias justiça, onde todos são culpados menos eu. Sejamos como o nosso Senhor, que sabendo que aquele que haveria de traí-lo, estava ali compartilhando de sua última refeição, e, então, “Molhou um pedaço de pão e deu a Judas". João 13:26, um símbolo de afeição e amizade especial. Isso, porém, não isentou o traidor de sua responsabilidade; seria melhor que ele nunca tivesse nascido. Além disso, não ouvimos os discípulos o acusando. E somente naquele momento, eles começaram a visualizar, ainda que com névoas em seus olhos, que algo aconteceria com o nosso Senhor.
Vamos juntas deixarmos que a palavra de Deus nos instrua em toda verdade, confiando na orientação do Espírito Santo, e quando o Senhor nos mostrar que algo não vai bem em nossas vidas, que não acusemos a outrem, mas sim, como filhas de Deus, assumamos a parte que cabe exclusivamente a nós mesmas, e digamos: “Sou eu, Senhor!
Com amor
Miriam Ometto