Unidade - Parte 1

Unidade - Parte 1

 Por que será que ansiamos por um casamento e para compartilhar a vida a dois? Por que o coração da humanidade anseia por companhia? 

 Porque somos seres sociáveis!

 O próprio Deus disse a respeito de Adão: “Não é bom que o homem esteja só” (Gn 2:18). Se atentarmos um pouco veremos que dito neste momento por Deus, Adão já desfrutava de uma companhia afetuosa e pessoal com Deus. 

 A solução de Deus para a necessidade do homem foi criar a mulher. Deus criou um ser em que o homem poderia ter um relacionamento face a face, uma relação pessoal profunda por meio da qual os dois são ligados em uma união inseparável que satisfaz os anseios mais profundos do coração humano.

 O propósito supremo do casamento é a união de dois indivíduos no nível mais profundo possível, isso significa que abrange o âmbito intelectual, social, emocional e físico.

 Bem, tenho que esclarecer uma coisa: o fato de casar não garante a unidade do casal. "Serem unidos" não significa "serem um”. A palavra “único" fala de uma unidade composta. Para entendermos melhor, as Escrituras revelam Deus como Pai, Filho e Espírito Santo, embora - sendo - um só. Então, quando Deus diz: “Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá a sua mulher, e eles se tornarão uma só carne” (Gn 2:24), é o mesmo termo empregado para o próprio Deus em Deuteronômio 6:4, em que lemos: “Ouça, ó Israel: o Senhor, o nosso Deus, é o único Deus”.

Deus é unidade, vemos isto a partir de Gênesis 1:26, onde Deus disse: “Façamos o homem nossa imagem”. Como cristãs entendemos que quem morreu por nós não foi o Espírito Santo, mas sim Jesus o Filho, da mesma forma não é o Pai que habita em nós, mas o Espírito Santo, aqui vemos que apesar de Deus ser “unidade”, ele também é “diversidade”, em nossa mente muitas vezes é difícil entendermos isso, contudo, é desta forma que Ele se revelou como Deus trino, Deus único. Entretanto, a unidade conjugal não erradica a personalidade, pelo contrário, ela liberta o casal para expressarem sua diversidade e, simultaneamente, experimentar completa unidade com seu parceiro. Amadas, vocês podem estar se perguntando: Como faríamos para obter esta unidade intelectual, social, espiritual e física? Felizmente Deus não nos deixou sem ajuda. Na Bíblia, em Jesus, ele nos ensina como viver. Maridos e mulheres, não importa se recém-casados  ou se estão juntos a muitos anos, podem aprender e crescer com base nessa sabedoria. Ela é aprofundada e provada pelo tempo. 

 Como dito acima, é evidente que não conseguimos sozinhos. Em termos humanos, é algo que vai além de nossas forças, mas o nosso Senhor nos prometeu que enviaria um “Consolador" que nos guiaria em toda verdade (Jo14:16,17).

 Paulo nos afirma que o Espírito Santo habita em todo crente (Rm 8:9). É o Espírito que nos repreende quando erramos (Hb12:5) e nos leva à confissão, é a Ele que cabe a tarefa de produzir em nós as qualidades e características vista na vida do Senhor Jesus e chamadas em Gálatas (5:22,23) de “Fruto do Espírito” e não "fruto do esforço próprio” sendo: Amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. Ser cristã não é um compromisso de tentar ser como Cristo. Pelo contrário, é entregar nossas vidas para que o Espírito de Deus possa expressar as qualidades de Jesus através de nós.

 E como podemos ser cheios do Espírito Santo? Primeiramente, confessarmos os nossos pecados e aceitarmos o perdão de Deus, não esperando nem suplicando por uma experiência emocional, simplesmente crendo que a partir deste momento Ele trabalhará em nós, seguindo a vida adiante.

 Em poucas palavras posso te dizer: “Assim que entregarmos as nossas vidas ao Senhor, Ele aperfeiçoará os nossos casamentos”!

 Tendo isso em mente vamos começar a trilhar uma nova etapa em nosso relacionamento conjugal, almejando uma unidade baseada nas Escrituras, através do modelo estipulado pelo  Criador desta união profunda.

 E o próximo passo será o reconhecimento de meus erros e caprichos dentro de meu casamento, afinal, a unidade somente é alcançada quando estamos dispostos a confessar tanto nossos fracassos, quanto nossos sucessos.

 

Com Amor. 

Mi Ometto